Sujas páginas por minhas lágrimas.
Por favor, suporte meu inútil desabafo!
Ventos sussurram
atrocidades...
Atropela,
sobrecarrega- me!
Provam-me em todo o tempo,
Do que resta de minhas forças.
Do que resta de minhas forças.
Quem pode ouvir-me,
senão este agreste pedaço molhado de papel?
- Que não aceita o total de meus gritos,
Da elevada soma dos meus íntimos horrores...
Dimensível parcela de lamurio,
De pessoa esmagada pela multidão.
Descubro então que podem ouvir-me.
Mas, também estão ocupados, gritando outros desesperos.
Quem ou o que nos salvará?
Dos sussurros aterrorizantes, indomáveis no calar?
Venha logo nos levantar!
Transportar-nos deste afixo,
Deste túmulo gélido de incomunicáveis.
Senhor Jesus,
venha nos libertar.
venha nos libertar.
E quem quiser ouvir além dos próprios gritos,
Assim O ouvirá:
Estou aqui pra você,
Pronto para te ajudar!
Pronto para te ajudar!
Amanda R.Paiva
Absoluta ausência de vida!
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Da introspecção do ser,
Extração vil de sentidos emergem do que não foge ser oculto.
Nada de bom,
Senão, tudo que exala o podre enaltece a carne.
Recluso... Não excluso das carnificinas que me atentam
companhia.
Em demasia deserdo-me!
Cacos do meu eu almejo ansioso suprimir,
Sufocá-los haverá relevância!
Porventura desperta a carne contra a própria militância?
Então, proliferam simultâneas falências,
Por abjetas formas de expurgar-me do que é carnal.
Por abjetas formas de expurgar-me do que é carnal.
Labuta improfícua contumaz,
No querer viciado da força própria, o ser livre.
Perpetro sem Cristo... Sem Deus,
Absoluta ausência de vida!
Raitler Matos