Em certa ocasião Jesus estava assentado no Monte das Oliveiras e aproximando seus discípulos fizeram-lhe perguntas pertinentes à Sua vinda e sobre quando se daria o fim do mundo.
Em resposta primária Jesus lhes disse para serem precavidos para que ninguém lhes enganassem e logo, começou Jesus apontar para as coisas que antecederiam a Sua vinda e sobre o fim dos tempos. (Mt 24:3-12).
Sabendo que estas orientações são atemporais e que não foram ditas como meio de advertir os incrédulos senão o de alertar os cristãos sobre o modo de vida inescrupuloso em que muitos se envolveriam antes de Sua vinda, destaco três ocorrências deste texto que em muito chama a atenção tendo em vista que os testificamos no dia a dia.
Em primeiro, lanço um olhar para o versículo 10-a que diz:
“Nesse tempo muitos serão escandalizados”.
De fato, fica-se escandalizado quanto á esse evangelho mercantilista que está sendo anunciado e cobrado. No período destas duas décadas, líderes de expressivas denominações empenham esforços contínuos no intuito de falsificarem o evangelho e retirar dele a mensagem da salvação, substituindo-a por heresias transformadas em meios para obtenção de lucro e domínio de massas.
Fronha ungida, rosas, perfume de cristo, velas, lenços e outras tantas bugigangas são usadas para atrair e aliciar pessoas dispostas a contribuírem financeiramente, movidas pela falsa propaganda de que prosperarão caso comprem tais produtos.
É a velha regra do mercado capitalista que se revigora no seio da cristandade na certeza de que enquanto houver quem compre tais produtos não faltará oportunidades para fabrica-los em escala cada vez maior.
Em segundo, a parte b do versículo 10 diz:
“Trair-se-iam uns aos outros e que uns aos outros se odiarão”.
Não é necessário caminhar longe para ver e ou sentir a realidade dessas palavras. Essa indisposição e ferrenha oposição de uns para com outros se aloja nos relacionamentos dentro da própria congregação em que estamos. Nota-se também esse ódio e traições nas grades dos programas “evangelistas,” que ao invés de utilizarem estes espaços televisivos tão somente para o anuncio do evangelho de Cristo, aproveitam para exporem seus produtos e também lançar em demasia acusações contra outras denominações.
Em terceiro, a declaração contida no versículo 12 nos remete a atual e triste realidade expressa nos relacionamentos interpessoais de uma parcela considerável que professa ser cristã. A iniquidade tem-se multiplicado e essa é a razão de se constatar o amor esfarelado nas ações de muitos destes.
Amam interagidos segundo interesses. Amam estabilizados mediante o grau de afinidade. Amam de acordo à proporção que são amados. Amam conforme o que conquistam. Amam erroneamente e nem mesmo dão importância ao fato de serem reprovados pela forma equivocada de amar.
A premissa que se faz diante de tudo isso é militar pela exposição do evangelho genuíno. Este, antes de tudo, deva ser viabiliza-lo por meio de nossas ações práticas manifestas.
Não há como ir contra o que outrora já havia sido dito que aconteceria. O que podemos fazer é nos disciplinar no exercício de fé e de amor á Deus e ao próximo.
A diferença fará louvor enquanto não desanimarmos e persistirmos crendo que ainda é possível ruir as pilares destes que hoje se fazem agenciadores do Reino de Deus, ao passo de prosseguirmos firmados na orientação de Hebreus 3:13 que diz:
“Antes, exortai-vos uns aos outros todos os dias, durante o tempo que se chama Hoje, para que nenhum de vós se endureça pelo engano do pecado.”
Assim sendo nos fortaleceremos na fé e livraremos outros das garras daqueles “cujo fim é a perdição; Cujo deus é o ventre, e cuja glória é para confusão deles e que só pensam nas coisas terrenas” Filipenses 3:19.
R. Matos.
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