Quanto a mim,
o ano de 2013 foi recheado por muitas complexidades.
Adversidades
chicotearam-me por meio de forma e sentido diversos. Algumas complicações de
relacionamento tornaram-se históricas e outras irreversíveis no que tange a
voltar depositar confiança. Angustiosas frustrações pavimentaram a via da minha
flexibilidade, tornando-me para alguns casos e pessoas, um ser titanicamente inexorável.
Notórias perdas são sentidas e outras
tantas foram somente a constatação de que não se perde nada quando de fato não
se teve de outrem (amizade verdadeira, Comunhão em Cristo, referencial de vida
cristã e amor despretensioso).
Ao longo
dessa caminhada rumo á minha salvação, nenhum outro ano foi tão agressivo, tão
antipático e instável. Dos 365 dias correntes, talvez tenha eu abraçado uns 60
dias - não subsequentes - onde a tranquilidade serviu-me refrescando com horas
de descanso mental, de momentos festivos, com alegrias compartilhadas, de
manifestações de amor sincero e recíproco e com uns poucos outros “gatos-pingados”
quais ainda são capazes de me insuflar esperanças.
Comprei alguns
atrasos à vista e outros, pago prestações de um grosso carnê. Não aprendi a
tocar violão e não conclui o ensino fundamental. Não tirei minha CNH e ainda
não retornei pra minha casa. Conquistei 10 quilos depois de três cirurgias no
tornozelo quebrado e ainda não doei sequer um. Gastei somas de dinheiro com supérfluos
e vaidades outras e não tenho dois Reais na poupança. Fui generoso em demasia e
ainda recebo coices de ingratidão. Para não entrar em atrito com próximos
preferi o silêncio e agora experimento o gosto amargo da não franqueza. Retrai nos
momentos em que deveria esticar os punhos fechados para a vida e agora a vejo desferir-me
com chutes de calcanhar ferindo-me na alma. Num gesto de solidariedade cedi
meus ouvidos á ouvir calamidades e distorções de caráter e no fim, a alma sôfrega
pôs-me como gestor das tais morfeias. Em muitos casos não aprendi com o erro e
continuei crendo ser possível receber a bondade, a comunhão, a atenção, o amor
desmedido, o apoio e enfim, o estímulo cristão dos que professam serem, mas, se
contradizem quando as circunstâncias exigem deles uma renuncia maior. Em se
tratar de equívocos, erros amadores, desacertos, imprudências, imperícias, ingenuidades,
dessabores, perspectivas não correspondidas e tantos outros fatores que agregam
para o gênero negativo, esta lista tornar-se-ia uma extensa. Logo, darei
atenção o que me venha ser mais produtivo.
Os quarenta verões
por mim adquiridos em idade são sem sombra de dúvidas, capazes para me apontar
mais um ano de luta composto da amalgama de vitórias e derrotas. Os
preliminares de um ultrassom neste ano 2014 revelam-me dias intenso como o sol
do meio dia. Dias começados com nevoeiros, porém, de término com noites de céu sem
nuvens e estrelado. Dias de frio na consciência e outros aquecidos de amor.
Dias de dor e dias nos jardins da alegria. Dias de vida e noites de morte. Dias
experimentados na lei da oferta e da procura e noites permutadas de vazio e
solidão. Dias de conquistas e largos sorrisos como também de introspectivos e
lábios cerrados. Dias Frescos como um queijo recém-produzido, que agora quero
em fatias grossas consumi-lo.
Nestes treze
anos que trilho o caminha para a salvação, constato que ano após ano a minha
alma necessita correção. Sou humano redimido por Cristo, porém, ainda o pecado me
é a mais severa agressão. Tenho muitos defeitos, indisciplinas, contradições, maldades
e tudo mais que a carne e a propensão á mesma me seduzem á consumir. Se, se
tenho qualidades, não serei eu a assumir, para não suceder que, havendo comido
e ter sido farto, e havendo edificado boas casas, e habitando-as, se eleve o meu
coração e venha a esquecer do Senhor meu Deus, que me tirou da terra do Egito,
da casa da servidão. (Deuteronômio 8:12,14).
Adentro o
ano de 2014 para militar por novos propósitos, viver novas e sinceras amizades,
novos ares de fé e comunhão e sem titubear, com maior prudência nos
relacionamentos que me ofertem a paz estando os olhos cheios de sangue.
Dia após dia
me deixarei gastar e ser consumido pelo evangelho de Cristo, pois é o poder de
Deus para salvação de todo aquele que crê. Ao passo disto, labutarei em
descobrir a justiça de Deus de fé em fé, como está escrito: Mas o justo viverá
pela fé.
Ser justo e
viver pela fé serão princípios aspirados e acima de tudo, para golpe desferido
ao meu ébrio ego.
“Não vos
inquieteis, pois, pelo dia de amanhã, porque o dia de amanhã cuidará de si
mesmo. Basta a cada dia o seu mal” (Mateus 6:34).
A todos, Carpe
diem!!!
R.Matos.
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