6 de janeiro de 2014

Feliz ano de 2014





O ano de 2014 se apresenta á nós como um nascido de poucos dias. É natural que todas as pessoas desenvolvam seus objetivos e propostas diversas para que possam concluir este ano em melhores condições. Vemos assim como forma de afirmar anseios superados ou que não foram conquistados no ano anterior.



Aqueles que são populares nos relacionamentos virtuais tiveram suas páginas lotadas de mensagem de feliz ano novo e tudo o mais. – Eu, que em razão do defeito de ser seletivo, ainda sim tive umas três ou quatro manifestações de “feliz ano novo, muita saúde e tudo de bom”. Não é que isso seja ruim ou inválido. Pelo contrário, quando ditas e aceitas de verdade, surtem efeitos extraordinários.

O que tanto me incomoda é o fato de não poder desejar tribulações, mais lutas, mais perdas, mais fracassos e toda sorte de adversidades á todos os meus amigos virtuais, aos de relacionamento próximo e enfim, ás pessoas em geral. Na nossa cultura, isso soaria deselegante, impróprio, inoportuno e além de tudo desrespeitoso. De um lado até que é compreensível o fato das pessoas repelirem tais palavras, mas de outro, quanto à classe dos cristãos, estes deveriam naturalmente entender e aceitar tais pronúncias de saudações no ano que se começa ou no decorrer do mesmo.

Digo que, quanto aos cristãos, quando nos encontramos submersos de problemas devido às tempestuosas ondas de crises, todas as adversidades possibilitam condições para que possamos ter moldado o caráter e para que venha ser manifestado o fruto do Espirito. Logo, desejar tribulações e toda sorte de adversidades, entre os cristãos, é ir contra o que a cultura secular considera ser deselegante, impróprio, inoportuno, e desrespeitoso.

Se formos observar na Palavra de Deus, as maiores ações, as maiores decisões, as maiores vitórias em guerras, as maiores manifestações de poder antecederam períodos de extrema crise na qual esteve envolta homens e mulheres em absoluta apreensão. As tantas tribulações, lutas, perdas, fracassos e toda sorte de infelicidades contribuiu para que esses homens e mulheres tivessem o caráter transformado e o fruto do Espirito exercitado.

A começar por Cristo, Ele que em tudo foi tentado (Hebreus 2:18)mas não pecou, aprendeu a obediência por aquilo que padeceu (Hebreus 5:8). A rainha Ester esteve por longo tempo sendo ameaçada de morte junto com todo o seu povo pelo malévolo Hamã. Buscando ela a face de Deus em jejuns e orações e foi livre junto com seu povo da opressão que os maltratava. Enquanto Estevão era apedrejado para ser morto, intercedia pelo bem dos seus apedrejadores (Atos 7:60). O apostolo Paulo exercitou em demasia o fruto do Espirito quando mesmo toda sorte de adversidades deixou as suas garras gravadas corpo dele (2ª Co 11:24-28). O Choro de Pedro por ter negado a Cristo concluiu para que ele fosse convertido e chamado por Cristo de a pedra na qual seria edificada a igreja (Mateus 16:18). Já na velhice o apostolo Paulo ainda regozijava no que padecia em benefício á igreja e na carne ainda cumpria um restante das aflições de Cristo (Colossenses 1:24).

Por fim e em verdade, a Palavra de Deus nos diz que:

(...) “sabendo que a tribulação produz a paciência e a paciência, a experiência, e a experiência a esperança. E a esperança não traz confusão, porquanto o amor de Deus está derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado” (Romanos 5:3-5).

Em outra referencia diz que:

“Porque a vós vos foi concedido, em relação a Cristo, não somente crer nele, como também padecer por ele” (Filipenses 1:29).

Não creio que eu estaria errado desejando tribulações e alguns desajustes neste 2014 para todos(as) amigos(as) do face e os que me são não virtuais. De qualquer forma penso assim não pelo lado negativo da coisa senão como esperança de ver todos (as) fortalecidos no Senhor e na Força do seu poder.

Gosto mais desta versão Católica que diz com mais propriedade e profundidade de sentido, essas palavras:

Mas Ele me disse: “Basta-te minha graça, porque é na fraqueza que se revela totalmente a minha força”. Portanto, prefiro gloriar-me das minhas fraquezas, para que habite em mim a força de Cristo (2ª Coríntios 12:9).

A todos que aceitarem:

Que seja um ano repleto de tribulações, intempéries de alma, de muitas lutas, de outras perdas, de fracassos, de choros e apreensões, para que possamos aprender a depender realmente de Deus e manifestar verdadeiras vitórias que louvem e glorifiquem o Seu Nome.

Em tudo isso, feliz 2014.

R.Matos.

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