Gosto muito de ler e não pouco, de escrever. Folhas e mais
folhas de papéis entulhavam pastas, as quais eu guardava com todo zelo, carinho
e senso conservacional, por conterem meus poemas, os textos críticos, líricos,
escritos inacabados e soma outras de composições textuais denunciando e buscando entender as contestações, as lamúrias e as felicidades da vida.
escritos inacabados e soma outras de composições textuais denunciando e buscando entender as contestações, as lamúrias e as felicidades da vida.
Todavia, gerava-me forte frustração quando em decorrência de um simples deslize
na concordância gramatical ou por erro ortográfico, todo o contexto sucumbia ao
comprometimento de invalidez e em razão disto, novamente tudo tinha que passar
por correção, ou seja, manter a disposição de reescrever tudo em mais folhas,
sob todo o melindre possível, para não errar novamente.
No entanto, a panaceia para os meus problemas alcançou-me
não vestida da solidariedade ou adornada de voluntariedade, senão,
necessariamente adquirida financeiramente ao passo da compra de um computador.
Tempos modernos exige subserviência á tecnologias modernas, e consequentemente,
uma soma de centenas de Reai$ para tê-las. Doma-las em suas exigências
codificadoras para uso e manuseio é outro passo que exige do meu cognitivo, de neurônios virgens para então ocupa-los destas ciências. O estoque destes
neurônios é já em mim escasso e logo, não é por menos que vez ou outra
acontecem panes na interatividade de aprendizagem ou pela execução do
conhecimento teoricamente absorvido.
Pela aquisição do computador, o programa de Word nele
instalado passou a ser a “Bola da vez” de muitos que, assim como eu, foram
presenteados com este perfil da tecnologia que tanto fomenta formas e medidas
para o nosso comodismo vestido do slogan da praticidade.
Por meio deste aparato
tecnológico, o mesmo dera-me á ruptura sistemática do uso da escrita composta
manualmente por via de caneta e papel. Já não há mais labor ou frustração ao
errar na escrita devido o fato de apenas usar o recurso do Word conhecido como
“delete,” para então apagar sem nenhum esforço o erro cometido e, ajustar em
seus devidos lugares aquilo que se é de desejo.
Embora a intenção deste artigo não seja a de tratar das
abrangências e significados que a tecnologia proporciona ou mesmo conspirar
contra ela e desmerece-la de suas importâncias, quero apenas deixar o registro
de que, o fazer bom uso dos meios tecnológicos direcionados como ferramentas
para a comunicação é, senão, parte de recursos disponíveis para se interagir,
para expor pensamentos, para exprimir sentimentos, para denunciar abusos e
falcatruas, para ratificar ou refutar princípios e ideias nas
quais as interrogações da vida se baseiam ou para que sejam sanadas ou
levantadas sem dogmatismos- teoricamente, pelos agentes emissores e
receptadores.
Fazendo breve analise, seja no campo da composição
literária, da escrita não catedrática e, forma geral pela qual se informa o
meio evangélico, o que muito me incomoda e é causa primária de minha profunda
decepção, é a forma com que muitos se exercitam na escrita e outros tantos se
beneficiam dos meios de comunicação, extraindo deste apenas o supérfluo, o
superficial e, sobremodo, o imprestável. Há na internet uma gama de blogs, de Twitters
e se constata uma enchente de páginas e perfis “evangélicos” no facebook especializados em apenas promover descréditos
na difusão do Reino de Deus e prioritariamente, de apontar erros alheios do
comportamento de cristãos, sentenciando-os ás piores barbáries, impulsionados
na falsa afirmativa de estarem provendo justiça e aplicando estímulos de juízo.
Exímios são em não ver o cisco no olho do irmão e de tentarem esconder as
travas fixas nos próprios olhos.
É já hora de fazermos bom uso dos meios para comunicação e não em perder tempo detidos nas fofocas, disse-me-disse e tudo o mais que não
promova edificação e não vise em primeira instância responder em glórias á
Deus.
É já hora de nos movermos nas coisas espirituais do Espírito
santo, sendo nós alimentados e procurando alimentar outros com a comida sólida
e, não a todo tempo, por meio de leite, quando este ainda esta sujeito a ser
falsificado.
O bom uso e emprego dos meios de comunicação contribuem não
somente para o crescimento e edificação no pessoal ou para o coletivo, como também, são meios de orientação
e inspiração à outros que, consequentemente, contribuirão na formação do
caráter e da personalidade de outros mais discípulos.
Deixo á meditação as palavras descritas em Eclesiastes 9:10,
as quais motiva á coerência, á sensatez, para o equilíbrio, á temperança e não menos para o emprego de lucidez e de inteligência
depositadas em pró ao serviço de divulgação do Reino de Deus:
“Tudo quanto te vier à mão para fazer, faze-o conforme as
tuas forças, porque na sepultura, para onde tu vais, não há obra nem projeto,
nem conhecimento, nem sabedoria alguma”.
consideremos também que o legado de um homem não são as suas
escritas, senão as virtudes que este imprimiu na vida de seu semelhante.
R. Matos.
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